Ubisoft diz que ouviria ofertas de compra, mas tem recursos para permanecer independente

A Ubisoft nĂ£o parece se opor a aceitar uma oferta de compra como era antes e, caso ela venha no futuro, ela a analisarĂ¡ no interesse de todas as partes interessadas.

Falando durante sua chamada para investidores no terceiro trimestre de 2022, o assunto da consolidaĂ§Ă£o no setor foi abordado. Falando sobre o assunto, o CEO e cofundador da Ubisoft, Yves Guillemot, garantiu que os ativos da empresa “nunca foram tĂ£o fortes em um momento em que o valor dos ativos nunca foi tĂ£o alto” (obrigado, GI. biz).

Quando perguntado durante a ligaĂ§Ă£o do investidor se estar em uma posiĂ§Ă£o tĂ£o boa significava que era um bom momento para vender, Guillemot disse que o assunto seria abordado ao conselho de administraĂ§Ă£o, mas enfatizou a empresa tem os meios para permanecer independente.

"Sempre tomamos nossas decisões no interesse de nossos stakeholders, que sĂ£o nossos jogadores, funcionĂ¡rios e acionistas", disse Guillemot. "Para que a Ubisoft possa permanecer independente. Temos o talento, a escala industrial e financeira e um grande portfĂ³lio de IP poderoso.

"Tendo dito que, se houvesse uma oferta para nos comprar, Ă© claro que o conselho de administraĂ§Ă£o a analisaria no interesse de todas as partes interessadas."

Quando perguntado por que a Ubisoft ainda nĂ£o recebeu uma oferta, dado o valor em seu IP, o CFO Frederick Duguet disse que a empresa nĂ£o especularia sobre por que nĂ£o houve uma oferta, para que ele nĂ£o pudesse comentar mais.

"O que podemos dizer é que, como mencionamos, temos ativos de alto valor. Temos escala para permanecer independentes e criar valor muito significativo no futuro, porque temos escala em termos de força de trabalho, engenharia, tecnologia, IPs e comunidades totalmente engajadas."

Embora a Ubisoft nĂ£o tenha dito se recebeu ou nunca uma oferta pela empresa, ao mesmo tempo, foi alvo de uma tentativa de aquisiĂ§Ă£o hostil pela Vivendi, um Conglomerado de mĂ­dia francĂªs com sede em Paris. É o proprietĂ¡rio da Gameloft (que adquiriu por meio de uma aquisiĂ§Ă£o hostil) e, em 2008, fundiu sua unidade de publicaĂ§Ă£o de jogos com a Activision em um acordo de US $ 18,8 bilhões que a tornou proprietĂ¡ria de uma participaĂ§Ă£o majoritĂ¡ria na Activision Blizzard. Em 2013, a Activision Blizzard comprou 429 milhões de ações da Vivendi por US$ 5,83 bilhões, reduzindo o acionista de uma participaĂ§Ă£o de 63% para 11,8% atĂ© o final do acordo em setembro.

Avançando para 2015, a Vivendi estava de olho na Ubisoft e, por trĂªs anos, estava comprando cada vez mais ações da Ubisoft, que chegaram a 27,3%. Era algo que a Ubisoft era completamente contra. Guillemot chegou ao ponto de chamar isso de "uma luta para preservar nossa independĂªncia".

Para impedir a empresa de comprar mais ações, a Ubisoft contou com a ajuda do megaconglomerado chinĂªs Tencent e da Ontario Teachers’ Plano de PrevidĂªncia. A Vivendi entĂ£o concordou em vender suas ações da Ubisoft e nĂ£o adquirir mais nos prĂ³ximos cinco anos.

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